Projeto ``Concelho Amigo do Autismo``

Num Concelho Amigo do Autismo, as pessoas com autismo e as suas famílias podem sentir-se seguras, apoiadas e bem-vindas em todos os aspetos e contextos de vida, nomeadamente na sua relação com diferentes agentes e instituições da comunidade (como serviços de saúde, educação, emprego, transporte, desporto, lazer e cultura).

Ao promover a literacia sobre autismo na comunidade em geral e ao capacitar agentes específicos da comunidade para a adoção de medidas facilitadoras da integração e qualidade de vida de pessoas com autismo e suas famílias, este projeto permitirá ao concelho iniciar um trajeto inovador e diferenciador, com potencial para ser replicado noutros concelhos nacionais e internacionais.

Todas as pessoas têm direito à saúde física e mental. Porém, as pessoas com autismo estão frequentemente sujeitas a estigma e discriminação, o que pode resultar em limitações no acesso a serviços de saúde, restrições nas oportunidades educativas e profissionais, e menor participação na comunidade. Em suma, melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo não é responsabilidade apenas das famílias, mas de toda a sociedade civil.

O presente projeto tem dois grandes objetivos:

Promover a literacia em saúde mental, particularmente sobre autismo

Há muito a fazer na mobilização das comunidades, nomeadamente as autarquias, para a melhoria da vida das pessoas com autismo o que, indiretamente, comporta efeitos benéficos extensíveis à comunidade como um todo. Urge melhorar a forma como os responsáveis pelo funcionamento dos municípios têm estado a interpretar e a aderir às leis locais e nacionais que apoiam a acessibilidade a vários níveis e que foram concebidas para melhorar a forma como as pessoas com deficiência interagem com o seu território.

Capacitar os profissionais de diversas áreas

Do ponto de vista da comunidade, é possível e necessário ajudar a mudar perceções face ao autismo e às necessidades das pessoas com este diagnóstico, para assim alcançarmos mudanças na interação com as pessoas com autismo. Considera-se que o primeiro passo para criar comunidades inclusivas é a promoção da consciencialização e formação, dirigidas à comunidade em geral e a grupos específicos (por exemplo, empresários locais que forneçam serviços e/ou bens a pessoas com autismo). Esta formação deve incluir diferentes níveis, desde um primeiro nível de conhecimento basilar sobre o autismo destinado à comunidade em geral, até um nível mais especializado, consoante a área de atuação e de relação com pessoas com autismo das organizações e serviços locais.